O município de Curaçá, localizado no norte da Bahia, enfrenta sérias dificuldades financeiras no início de 2025. Em decreto publicado na segunda-feira (6), a prefeitura declarou estado de calamidade administrativa e financeira para lidar com a grave crise que atravessa.
A nova gestão, liderada pelo prefeito Murilo Bomfim (PT), apontou irregularidades e problemas estruturais herdados da administração anterior. Segundo a prefeitura, o ex-prefeito deixou um débito de R$ 2.798.261,78, referente a salários atrasados de servidores efetivos, contratados temporários, cargos comissionados e agentes políticos, sem recursos disponíveis para o pagamento. Além disso, foram constatados atrasos nos repasses de valores retidos dos servidores ao INSS e a instituições financeiras, agravando ainda mais a situação do município.
Outras irregularidades relatadas incluem problemas em contratações públicas, dívidas previdenciárias e bancárias, desaparecimento de documentos, favorecimentos em processos seletivos e a presença de funcionários fantasmas.
A situação dos prédios públicos também é preocupante. No Hospital Municipal de Curaçá, o teto do almoxarifado desabou em 4 de janeiro, enquanto setores como a lavanderia e o dormitório para motoristas de ambulâncias precisaram ser interditados devido a problemas estruturais.
Para enfrentar a crise, a gestão implementou ações emergenciais, como a criação de uma Comissão Especial de Verificação Situacional, recadastramento de servidores públicos e revisão de contratos e convênios. A prefeitura segue em busca de soluções para estabilizar as contas e superar os desafios encontrados.